A conexão entre corpo e sexualidade parece bem clara para todos, apesar de se limitar essa conexão a determinadas partes e determinados usos desse corpo. Como já apontei em textos anteriores, o senso comum é de que sexualidade lembra coito, lembra orgãos sexuais, quando muito zonas erógenas e de maneira bem limitada. O contato, a percepção, o prazer, a expressão - por tantas vias o corpo vivencia essa dimensão.
Uma visão estreita em tal sentido tem feito com que muitas experiências no campo da sexualidade sejam frustrantes, desagregadoras, sem prazer, sem encontro.
É tão estranha a nossa relação com o corpo que o tratamos assim: tenho um corpo. E ele fica como um acessório e não como parte de nós, como meio de ação e expressão. Centramos nossa existência no racional, cremos que isso é o que somos e por coincidência carregamos alguns quilos de carne para cima e para baixo.
Então: como anda seu contato com o próprio corpo? Sim, sexualidade não existe só onde estão dois. Como você trata seu corpo? Como o percebe? Como vem usando o seu potencial expressivo e criativo no mundo?
Quando o corpo não é assumido em inteireza, o que acontece? Quando ele fica desmembrado, desintegrado, sem receber atenção em seu todo, o que vivemos? Palpites? O que vocês acham?
sábado, 19 de julho de 2008
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